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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A difícil tarefa de ser Consultor

Segundo Peter Block, “consultor é uma pessoa que está em posição de exercer alguma influência sobre um indivíduo, grupo ou organização, mas que não tem poder direto para produzir mudança ou programa de implementação [...] o objetivo do consultor é engajar-se em atividades
bem-sucedidas que levem as pessoas ou organizações a gerenciar a si mesmas de forma diferente”.

Para conseguir seu intento, ou seja, a mudança ou melhora de postura, este profissional termina tendo que conhecer profundamente o negócio do seu cliente, bem como as peculiaridades da área a qual esse está inserido, isto é, do mercado em que atua.

Normalmente, os dirigentes das organizações buscam uma consultoria esperando receber diagnósticos, orientações ou melhorias que possam agregar valor aos seus produtos e serviços. Em geral, pressupõe-se que o consultor possui uma visão mais ampla, já que atende a vários clientes, podendo inclusive recomendar as melhores práticas ou benchmarking, o que requer que seja um profissional/consultoria especializada e atualizada na área na qual atua e não se pode abrir mão disso mesmo.

Daí a dificuldade em exercer essa atividade. Nunca se tem apenas um único e exclusivo cliente e esse debruçar-se e aprofundar-se em questões de variadas e díspares áreas exige tempo e muito, muito, estudo.

Para os Relações Públicas, isso ainda torna-se mais “penoso”, pois ele é a “voz” e a visão dos cenários da organização para a qual presta serviço. Assim vem à mente uma pergunta óbvia: como ver e falar de algo que não se conhece? Não há como, não existe “faz de conta” na Comunicação, principalmente, na Empresarial, campo máximo dos RP. Para exercer plenamente o seu ofício, este comunicador terá de se impregnar da essência dos seus contratantes, deve saber tanto ou até mais que o próprio dono do negócio, pois ainda atua como olhar externo sempre em
busca de um aprimoramento do desempenho do seu cliente.

Então, fica uma dica para quem quer atuar como consultor, principalmente com foco na Comunicação: vista-se como camaleão, mas tenha a força do leão e o olhar da águia.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Comunicação como estratégia organizacional



O sucesso de uma organização, entre outras variáveis, vai depender diretamente do conhecimento que os gestores possuem para administrar os talentos existentes em sua equipe, em transformar ativos em atitudes eficientes e eficazes e de ter competência para se comunicar de forma adequada com todos os públicos estratégicos da empresa. As atitudes revelam-se tanto nos conteúdos, quanto nos meios, nas formas de expressão e na postura adotada. Nas organizações, a Comunicação pode encaminhar-se por várias direções de acordo com os objetivos que se quer alcançar e estes terminam por determinar que ferramentas serão usadas. A Comunicação Empresarial tem que ser pensada em quatro grandes frentes de atuação: a administrativa, a interna, a institucional e a mercadológica. Essas devem ser planejadas de forma estratégica e integrada.

Lembrando que para ser estratégica e eficaz, essa comunicação deve orientar a diretoria sobre como comunicar seus propósitos de modo eficiente, criando um ambiente participativo e de integração que favoreça a gestão dos processos e quantifique o impacto das iniciativas comunicacionais de modo a personificar uma identidade empresarial colaborativa, orientada para seus principais públicos de interesse e, dessa forma, criar uma imagem positiva da organização, o que conduzirá a uma reputação forte no mercado em que atua.

Se a Comunicação não está realmente cumprindo a sua função estratégica dentro da empresa; se não incorpora o desafio diário da gestão; se não espelha a arquitetura de uma cultura corporativa comprometida com metas, objetivos, desempenho e resultados; se não difunde as informações de forma eficiente e eficaz alcançando os seus públicos de interesse; dificilmente o alinhamento estratégico almejado se concretizará, pois este supõe mudança e esta não funciona sem uma comunicação estrategicamente planejada e o diálogo estabelecido entre os seus stakeholders.

Na condição de ferramenta estratégica, cabe à Comunicação o desafio de ser uma função organizacional capaz de impulsionar o desempenho e o sucesso financeiro de uma empresa, deixando de ser apenas um instrumento, uma mera divulgadora de informações, para compartilhar a missão, a visão, a estratégia e os valores organizacionais de modo a contribuir para o alcance dos objetivos estrategicamente planejados.

Neste sentido, a Comunicação Empresarial deve contribuir efetivamente para orientar os executivos e demais colaboradores para as necessidades dos públicos mistos e externos, buscando o envolvimento dos funcionários nos processos de negócio, conscientizando a todos sobre os fatores críticos que devem ser perseguidos para que a estratégia da empresa seja bem sucedida e garanta o sucesso de todos os envolvidos nas ações organizacionais.

Só assim a Comunicação pode ter uma contribuição substancial para os negócios das organizações e para uma interação participativa e integrada de todos os públicos que contribuem de alguma forma com aquela empresa. Comunicação deve ser sempre estratégica ou então esqueça...