Para compreender a área das Relações Públicas (RP), vale a pena empreender uma retrospectiva histórica até as origens dessa atividade nos Estados Unidos.
Pode-se notar que as primeiras décadas do século XX foram marcadas pelo aparecimento dos poderosos monopólios, pela concentração de riquezas em poucas mãos e pela consequente hostilidade do povo norteamericano contra o mundo dos negócios. A indústria moderna começou a ser atacada por líderes do governo e por escritores de fama, incitando uma quase revolta popular. Acerca desta época, Andrade afirma que esta época marcou "o aparecimento dos poderosos monopólios, a concentração de riquezas em poucas mãos e a conseqüente hostilidade do povo norte-americano contra o mundo dos negócios. Essa quase revolta popular era inspirada também pelas obras de escritores radicais. [...] Não eram somente trabalhadores que se organizavam em incipientes sindicatos para enfrentar os poderosos, mas a própria classe média que se manifestava, principalmente através da imprensa, contra os abusos das empresas. [...] O crescimento da onda de protesto obrigou o Governo norte-americano a tomar algumas medidas legais e propor ao Congresso leis contra os monopólios e cartéis. Os homens de empresa sentiram, então, necessidade de vir a público, para tentar explicar suas atividades, através de advogados e jornalistas".
Foi quando John D. Rockfeller Júnior contratou os serviços de Ivy L. Lee, o qual foi o primeiro a pensar e a praticar os princípios e técnicas de RP, inaugurando, em 1906, em Nova York, o pioneiro escritório nessa área.
Chaumely e Huisman resgatam as circunstâncias históricas nas quais atuou o pioneiro das RP: "a hostilidade do grande público era então muito mais acentuada contra o big business americano, acusado de aspirar ao monopólio. De mover uma luta sem quartel às pequenas e médias empresas, de combater sem olhar a meios; numa palavra, de ser feroz, impiedoso, sanguinário.
Da sua origem até os dias atuais, as RP só tem aumentado o seu campo de atuação e a sua importância dentro do mundo dos negócios. O contexto histórico atual só favorece o desenvolvimento e a manutenção desta atividade, sendo considerada um fenômeno e uma necessidade dos tempos contemporâneos, uma vez que a crescente complexidade da civilização tem criado problemas de comunicação/relacionamento nunca dantes sentidos pela sociedade.