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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Imagem Empresarial



Uma palavra que está em evidência, nos dias atuais, é Imagem. A quem afirme que “ela não é tudo, mas é quase tudo”. Vamos, então, nos deter neste “quase tudo”.

Imagem, de forma bem geral, pode ser entendida como um conjunto de significados pelos quais se chega a conhecer algo e por meio do qual as pessoas o fixam, o descrevem e o recordam. Está relacionada diretamente com o resultado da interação de crenças, ideias, sentimentos, experiências e impressões sobre esse algo nessas pessoas. Assim, que a imagem corporativa é a percepção que os públicos estratégicos têm da organização e é oriunda das informações recebidas acerca dessa empresa, sendo que o conjunto das várias imagens na linha do tempo formam a reputação

Cabe aqui pensarmos em uma comparação inicial entre os conceitos de imagem e de identidade empresarial. Como já observamos anteriormente, identidade é o que a empresa é, faz e diz, é como esta deseja ser percebida dentro dos limites do que ela realmente é e possui; enquanto imagem é a percepção que os públicos de interesse têm da organização e é oriunda das informações recebidas acerca dessa empresa.

Portanto, este último conceito relaciona-se diretamente com o imaginário das pessoas, com o que se passa na mente dessas e com as suas percepções. Desta forma, termina sendo uma visão intangível, abstrata das coisas, logo, subjetiva da realidade empresarial. Daí, a dificuldade em captá-la de forma palpável, pois sempre será uma representação mental, coletiva ou individual, de um conjunto de atributos e valores que funcionam como um modelo e determinam a conduta e opiniões desta coletividade ou deste indivíduo.

Assim, a imagem empresarial é um reflexo de várias e díspares causas: percepções, induções e deduções, projeções, experiências, sensações, emoções e vivências dos indivíduos. Causas essas que, de uma maneira ou de outra, direta ou indiretamente, são e estão associadas entre si, gerando, desta forma, o significado da imagem da empresa que é o seu elemento indutor e capitalizador.


Nas palavras de Deonir de Toni, “as imagens constituem um dos materiais intelectuais mais importantes do homem, sendo capazes de influenciar e direcionar o seu comportamento”. Daí, a importância das empresas entenderem qual é a imagem que seus stakeholders possuem delas.

Igualmente é importante ter-se a consciência que a imagem que as pessoas formam de uma organização, de marca e de produtos dessa, passa a funcionar, para esses indivíduos, como um conjunto de dados interligados, de forma que, cada vez que pensarem no nome dessa empresa, vários dados serão imediatamente lembrados, por já fazerem parte do modelo mental que representa tal corporação para aquelas pessoas.

A formação desse conjunto de dados dependerá fundamentalmente:
•das informações que têm sobre a organização;
•da maneira pela qual adquiriram essas informações;
•da forma individual que se tem de agrupar essas informações em categorias;
•da percepção da ligação entre essas informações e outras, já existentes na memória de cada um desses indivíduos;
•da percepção da ligação dessas informações entre si; e, por fim,
•do modo pessoal de acessar as informações, de recuperar os dados que constituem os modelos, para, dessa forma, pensar sobre eles.