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terça-feira, 8 de julho de 2014




As Relações Públicas (RP) e seus desafios, desafios, desafios ... (parte 1)


Fiquei me perguntando porque algumas áreas (a citar a de Recursos Humanos, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Marketing, Administração entre outras) estão agora exercendo e/ou querendo exercer atividades dos relações públicas e, o pior, afirmando que essas fazem parte de seu descritor de funções. Depois de muito (ou pouco) pensar, cheguei a seguinte resposta: apesar de sermos os construtores da percepção do nosso contratante na mente dos seus stakeholders (ou seja, somo os construtores da imagem), igualmente (um paradoxo interessante) somos péssimos como formadores da nossa própria imagem.

O mundo empresarial brasileiro não sabe o que é e o que faz as Relações Públicas. Daí, todo mundo termina por desempenhar as atividades que cabem a essa área do saber.  Ninguém irá consultar um profissional de Recursos Humanos (RH) com dor de garganta, mas as empresas entregam a esse a Comunicação Interna (área que estabelece o diálogo, através da comunicação, entre a organização com o seu público interno – administradores, funcionários fixos, os terceirizados e os de contrato temporário). Mesmo que vá ao RH para curar a referida dor e esse estabeleça até um diagnóstico satisfatório, o Conselho Federal ou Regional de Medicina irá puni-lo com multa e, no mínimo, um processo de exercício ilegal da profissão. Assim, por que o Conselho Federal ou Regional de Relações Públicas vive no lema brasileiro do “[...] deitado eternamente em berço esplêndido, ao som do mar à luz do céu profundo [...]”? Leio, mês após mês, reportagens na Melhor: gestão de pessoas (publicação da Associação Brasileira de Recursos Humanos) em que os RH se apropriam da Comunicação Interna e os relações públicas nada fazem.

Concordo que as RP precisam educar o mercado, divulgando a sua profissão, mas, do jeito que vai, não sobrará muito a exercer, pois sempre digo que “quem não se apropria do que lhe é de direito, alguém o faz” e, depois, para tomar de volta, será infinitamente mais difícil, quiçá impossível.